segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Depoimento da formadora Neiry de Araújo Oliveira

Djalma, estou no nono mês de gravidez, por isso minha obstetra recomendou atenção total devido o risco de um surto da gripe suína no Estado, e o fato de estar entre o grupo de risco devo evitar aglomerações em ambientes fechados. Minha cesariana está marcada para o dia 21 deste mês de dezembro, ou seja, dois dias após o encontro do Gestar que se realizará em Natal nos dias 17 e 18.

O programa Gestar II implantado no município de Santo Antônio/RN foi um sucesso, pois trouxe para nós, formadores e cursistas, a possibilidade de rever e adquirir novos conhecimentos, técnicas e recursos a serem utilizados em sala de aula como forma de incentivo à prática escolar. Como toda novidade, no início os cursitas olharam um “pouco atravessado” e questionaram o tempo que teríamos para ler e discutir o material, considerado por todos riquíssimo, negociamos com a direção da Escola Municipal Dr. Hélio Barbosa de Oliveira sairmos um pouco mais cedo para encontros quinzenais, tudo transcorreu tranquilamente. Discutíamos o material e escolhíamos as atividades mais interessantes de acordo com o nível da turma, depois as cursistas apresentavam o resultado das atividades aplicadas, o que trouxe de positivo, quais as dificuldades, o que poderíamos fazer para melhor o desempenho dos alunos, enfim, foram questionamentos sempre presentes em nossos encontros.

O programa tinha como proposta a implantação de um projeto para avaliar os resultados aplicados em sala, nossa proposta surgiu da necessidade de estimular nossos alunos para a leitura e a escrita, pois o nível de desempenho das turmas está bem abaixo do esperado. Então desenvolvemos a produção de um jornal, com o objetivo de incentivar os alunos para a leitura, a pesquisa e a escrita com função social, para que os mesmos percebam que a escrita vai muito além da função de comunicar ou apenas como forma de avaliar a produção textual dos alunos. Sentimos interesse por parte do alunado, gostaram e sentiram-se úteis e valorizados ao produzirem algo. Pretendemos continuar e ampliar o nosso projeto que poderá ser financiado pelos comerciantes da cidade, para tanto deverão receber em troca propagandas dos seus estabelecimentos estampadas no nosso jornal. O projeto do jornal propiciou trabalhar uma variedade de gêneros e ampliar a “visão” dos alunos com relação a escrita e oralidade, pois temos o uso formal da língua, como também uma diversidade de dialetos, além disso a escrita assume um papel funcional, exigindo dos nossos alunos desenvolver a argumentação como princípio para futuros formadores de opinião.
Um feliz natal a todos e um próspero ano vindouro!!!

Relatório Final de o Programa Gestar II – 1º Etapa

O programa Gestar II possibilitou a nós professores do 6º ao 9º ano uma visão ampla e contextualizada da língua nas suas diversas situações sociocomunicativas, atualizando nossos saberes profissionais. Também nos despertou para a necessidade da formação continuada, pois vivemos a era da informação, jornais, revistas, televisão, rádio, e-mail, blog, comunidade virtual e Orkut, os quais possibilitam que a informação circule em quantidade e velocidade impressionantes.

Diante deste cenário, devemos estar preparados, em constante formação ou estaremos fadados ao fracasso profissional. Pensar o ensino da língua portuguesa exige de nós educadores o domínio da língua, de seus princípios de aprendizagem, e uma reflexão minuciosa da realidade, para então organizar e articular a seleção de temas e conteúdos que devem ser ensinados sistematicamente. E o programa tem justamente como finalidade promover essa reflexão sobre a seleção de conteúdos e o modo de ensiná-los, tendo como base o texto nas diversas situações comunicativas, consequentemente estaremos elevando nossa competência profissional e contribuindo na melhoria da condição sócio-cultural dos nos alunos.

O programa foi divido em três etapas, a primeira é composta por dez encontros quinzenais, conhecemos e discutimos o material e a responsabilidade de cada participante diante da formação. Como resultado haveria a implantação de um projeto para diagnosticar as mudanças positivas e negativas ocorridas. Na primeira etapa estudamos e trabalhamos os TP’S 3, 4 e 5, foi bastante enriquecedor, pois ampliamos nosso “leque” de experiência, iniciando os trabalhos com gêneros textuais o que permitiu ter acesso a diversos textos, esse procedimento possibilitou integrar as práticas sociais de linguagem - escrita, leitura e oralidade – guiando as nossas intervenções.

Na segunda etapa também houve dez encontros com quatro horas de duração cada, discutimos o andamento do projeto e resolvemos produzir um jornal, por tratar-se de uma produção rica em gênero textual, além de despertar o alunado para a leitura (pesquisa) e a escrita, com o objetivo de melhorar o desempenho escolar. Nessa etapa demos a continuidade do trabalho com gêneros através do estuda da argumentação, o que auxiliou a realização do nosso projeto, pois o jornal é um órgão formador de opinião e para produzi-lo precisamos planejar, escrever, revisar e editar, trabalhando texto e as variantes da língua como decorrentes da relação entre linguagem e cultura, de modo que aborde as análises lingüísticas e literárias.

A terceira etapa será para avaliar os resultados dos estudos e da prática escolar, nós formadores seremos avaliados pelo coordenador geral diante dos resultados apresentados.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Considerações finais sobre o Gestar II

O programa Gestar II teve a desafiante tarefa de propiciar aos alunos e professores uma prática pedagógica com melhores resultados.

Deu-nos suporte para a leitura de textos não verbais, como a pintura e a fotografia, assim como para a leitura e a produção textos verbais de diferentes gêneros como o narrativo, o poético, o publicitário, o jornalístico, o argumentativo e etc. além disso, nos auxiliou a resgatar a cultura em língua portuguesa, nos seus aspectos artísticos, históricos e sociais e, ao mesmo tempo, cruzando com o mundo contemporâneo em que vivemos, buscando relações e contrastes com as diferentes linguagens em circulação: o cinema, música, o teatro, a pintura, a TV, o quadrinho, o cartum e etc.

Portanto nos auxiliou a compreender o funcionamento e a fazer o melhor uso possível da língua portuguesa em suas múltiplas variedades, regionais e sociais, e nas diferentes situações de interação social.

Profª Mércia Fontoura

Relato da Profª Mércia Fontoura sobre a execução do jornal falado em sala de aula

Os alunos da 7º Série da Escola Municipal Dr. Hélio Barbosa de Oliveira foram convidados a realizar a experiência de como funciona a redação de um jornal. O trabalho aconteceu em três etapas: na primeira os alunos entraram em contato com a linguagem de textos de jornais e descobriram como são organizadas as informações em uma notícia através do LEAD. Logo em seguida aprenderam a elaborar títulos e manchetes. Observaram que os jornais de grande circulação costumam ser divididos em cadernos de cultura, política, esporte, economia, fatos policiais e etc. familiarizados com os jornais escritos, solicitei-lhes que observassem durante uma semana os jornais falados, como também, a postura dos apresentadores e pudéssemos explorar a oralidade em sala de aula. A classe foi dividida em equipes, a escolha das notícias, os nomes dos jornais e a forma de apresentar ficaram a critério dos alunos. Durante as apresentações observei que os nomes atribuídos aos jornais foram sugestivos e cada membro do grupo tinha funções específicas do jornal falado: apresentadores, repórteres, câmeras e etc. Como suporte, usufruíram de algumas técnicas: o texto escrito em substituição à tela digital (equipamentos em estúdios televisivos). No decorrer das oficinas percebi que os alunos apresentavam dificuldades de comunicação, criatividade e imaginação; tiveram um bom desempenho adquirindo fluência e desinibição ao expressar-se. Na terceira etapa do projeto as equipes foram visitar a InterTVCabugi, complementando, portanto, todo o conhecimento adquirido em sala de aula.

Depoimento das unidades 7 e 8 (TP2) da Profª Mércia Fontoura

As unidades 7 e 8 (TP2) nos deu suporte para a leitura de textos não verbais como a pintura, arquitetura e a fotografia com o conhecimento adquirido nas unidades anteriores sobre o sentido conotativo e denotativo os alunos da 8º série não mediram esforços ao refletirem sobre o filme “Abril Despedaçado”. Um dos aspectos interessantes avaliados pelos alunos foi o encantamento da personagem “Pacu” ao receber um livro de presente. A leitura para ele é um fuga diante de uma vida sofrida. “Pacu” brincava com as imagens do livro sem nunca ter ido a escola. Isso foi percebido pelo alunado de forma poética. Sobre o filme apresentado puderam, ainda, comparar a nossa realidade: a vida de famílias rivais que no interior do nordeste matam seus visinhos por várias gerações. As senas apresentam aridez nordestina e a subserviência e à hierarquia existente entre pais e filhos, comparado ao nosso Estado do Rio Grande do Norte. Em relação ao estudo da arte, o filme mostrou-lhes a cultura peculiar dos tempos remotos: o circo e com isso compararam a arte digital.

Unidades 7 e 8 do (TP2)

As unidades 7 e 8 TP2 nos leva a refletir sobre a arte nos dias atuais, qual a nossa visão de arte? E como trabalhamos a arte com nossos alunos? Será que não a deixamos de lado e estamos sendo dominados pelos meios de comunicação que só visam seus próprios lucros? Esses são alguns dos questionamentos que discutimos ao ler a unidades, que possibilitou a nós professores uma aproximação de forma mais consciente da arte, auxiliando em um trabalho mais consistente com experiências artísticas em sala de aula. Também ficou claro que cabe a escola oferecer aos alunos um maior número possível de oportunidades de convivência com as linguagens artísticas.

As unidades também proporcionaram trabalhar as “figuras de linguagem”, comprovando que as usamos com bastante freqüência, para “realçar” os nossos sentimentos, idéias, desejos, enriquecendo nossa produção textual, porém muitas vezes de forma consciente. Para trabalhar o papel que a arte tem em nossas vidas passamos o filme “ O Carteiro e o Poeta”, também assistimos o filme “Abril Despedaçado”, de Walter Salles, observando a função da arte por meio de uma personagem infantil. Também trabalhamos a composição de Chico Buarque, “Fantasia”, observando o ritmo, os recursos musicais, poéticos e claro, a interpretação conforme o contexto.

Comentário da Profª Andréa sobre as unidades 5 e 6 (TP2)

Essas unidades têm uma preocupação em relação ao uso das variantes linguísticas nas diferentes situações sociais quando se fala e se escreve de maneira significativa tem-se naturalmente um domínio melhor da língua, desencadeando assim um maior número de variedades linguísticas utilizando-as nas mais diversas situações.

As unidades também comentam de maneira objetiva que a nossa língua é uma forma de identidade, estabelecendo uma cultura grupal de um povo ou de uma região. Isso faz com que o uso da mesma língua estabeleça coisas em comum com outras pessoas do mesmo grupo. Por esses e outros fatos a língua é um importante elemento na definição de um povo com sua cultura. As variantes linguísticas têm uma comunhão única com a linguagem verbal, ela é eficiente e valorizam as comunidades nas quais estão inseridas. A variedade padrão da língua é menos utilizada entre as comunidades, é ai que entra o papel do professor que é o de ensinar essa variedade que foge ao domínio da maior parte da população.

Comentários: Unidades 5 e 6 (TP2)

As unidades do TP2 falam da importância quando utilizamos uma variedade lingüística diferente em cada situação. Falar e escrever bem significa ter o domínio do maior número possível de variedades lingüísticas e utilizá-las nas mais diferentes situações, de acordo com o interlocutor e situação de comunicação. Por exemplo, a gíria pode ser bem aceita numa conversa informal entre amigos skatistas ou surfistas; já em outra situação, como na conversa com o diretor da escola, a gíria normalmente não é adequada, pois a situação e os interlocutores são diferentes e a linguagem mais comum neste contexto é a variedade padrão.

As unidades mostram também que a língua é uma forma de identidade cultural e grupal. Falar a mesma língua como outrem geralmente equivale a ter com ela muitas coisas em comum: referências culturais, esportivas, musicais, hábitos alimentares e etc. a língua é, portanto, um elemento importante na definição da identidade de um povo ou de um grupo social, mas, não é só isso, além da nossa identidade social, a língua revela também muito do que somos individualmente, ela mostra nossa agressividade, afetividade, formalidade, gentileza, educação e etc.

Quando se trata de comunicação verbal, todas as variedades linguísticas são eficientes e possuem valor nas comunidades em que são faladas. No entanto, entre as variedades, existe uma que tem maior prestígio social, pois é utilizada em livros, documentos, jornais, revistas e programa de TV e por pessoas que tiveram mais acesso aos estudos: a língua padrão.

Como pouca pessoa s tem domínio da variedade padrão, é dever dos professores ensiná-la, daí a ncecessidade de os alunos compreenderem documentos oficiais, fazer trabalhos escolares, fazer uma carta de leitor a uma revista, fazer uma entrevista para obter um emprego, participar de um debate público, ser capazes de compreender um texto.Comentário da Professora Mércia Fontoura

TP1 – comentário das unidades

As unidades do TP1 trouxeram como discussão a língua em diversas situações comunicativas, da norma culta até dialetos informais, porém sem privilegiar nenhuma forma, mas destacando a norma-padrão para facilitar a competência lingüística do aluno, permitindo-lhe um acesso mais fácil a muitos documentos e bens culturais.

A produção textual dos alunos é material riquíssimo para discussões de registros e modalidades distintas, sejam eles literários ou não literários, de modo que não se estabeleça relações indevidas entre escrita, norma culta e registro formal, ou fala e informalidade.

Ao trabalhar as unidades privilegiamos a linguagem oral, por constatar dificuldades dos alunos ao se expressarem oralmente, escolhemos avançando na prática destacando a importância da oralidade, assim, como saber ouvir. Apresentamos várias perguntas que poderiam ajudá-los a se auto-avaliar e avaliar os outros, nas duas situações de locutores ou ouvintes, ou em situações de troca de papeis. Outra atividade desenvolvida em sala foi a solicitação de registros da fala dos “mais velhos” da família, ou até da comunidade, observando as palavras desconhecidas e seu significado, o que trazem de ensinamentos, enfim, uma análise das situações de comunicação, no sentido de tornar nossos olhos e ouvidos mais sensíveis e mais críticos com relação à própria vida.

sábado, 31 de outubro de 2009

Comentário das unidades 23 e 24 do TP 6 da Profª Andréa Soares

Nas unidades 23 e 24 do TP 6 aborda dois temas essenciais na formação de leitores e escritores da nossa língua. Na unidade 23 trás o tema “revisão e edição” , nos esclarece quão é importante habituarmos os nossos alunos, primeiramente, revisar a sua produção de texto, ou até qualquer outra atividade que remete a sua escrita, pois assim ele se torna um escritor crítico, revendo e melhorando os seus textos. Claro que a unidade 23 também nos revelou com trabalhar com os nossos alunos a parte da edição que é de suma importância para aprendermos e ensinarmos a melhor forma de editar os textos produzidos pelos alunos.

A unidade 24 aborda um tema já muito debatido entre nós professores de língua portuguesa, “a leitura para adolescentes”, hoje muito mais problemático do que alguns anos atrás, justamente pelo fato do hábito da não leitura entre os jovens que se encontram envolvidos pelas tecnologias do mundo moderno. Essa abordagem só reforçou quais as melhores formas de envolvermos os nossos alunos no mundo da leitura, que é justamente trabalharmos com leituras interessantes que aproximem da realidade e do conhecimento prévio dos alunos. Assim, devemos despertar o gosto pela leitura na vida dos nossos alunos por meio de textos interessantes com linguagem fácil de interpretação e textos curtos para não entediar o interesse dos alunos, e gradativamente ir avançando com o desenvolvimento dos alunos.A partir dos encaminhamento das unidades 23 e 24 do TP 6, sinto-me mais preparada para envolver os meus alunos no mundo da escrita e da leitura de forma mais simples e dinâmica.

Unidades 23 e 24 TP 6

As últimas unidades do PT 6 continuam trabalhando o planejamento da produção escrita, só que de modo mais aprofundado, tratando da revisão e da edição. O ensino e a aprendizagem do processo de revisão requerem uma prática de estratégias de releitura, reflexão e do afastamento do escritor de seu próprio texto. Para tanto, visamos a construção de um texto que atinja seus objetivos, considerando o gênero, o suporte, os possíveis leitores e o assunto. Já no processo de edição, a prática esta ligada a verificação de uma última lista de elementos antes da finalização do texto.
A finalidade da revisão é criar um distanciamento entro o autor e seu texto. É o momento em que o autor tenta colocar-se no lugar do interlocutor; e as releituras necessárias dependem da representação que o escritor tem de seu texto, sua finalidade, focando sempre os processos de coerência e coesão textuais.
Outro assunto bastante relevante já visto em unidades anteriores, porém muito interessante para nós professores que trabalhamos com adolescentes, é a literatura para adolescentes. A unidade 24 vem enriquecer nosso leque de opções literárias, faz uma reflexão sobre a leitura do adolescente e a relação do professor com essa leitura; a importância da qualidade literária e formas de (re)aproximar o adolescente da leitura literária.
O programa GESTAR tem a preocupação de despertar o gosto pela leitura e usa a literatura, assim como diversos gêneros textuais como ferramenta para esse despertar, usando sempre o texto como base para a partir dele trabalhar os assuntos selecionados. Essas unidades vieram em momento oportuno, pois vai auxiliar nós professores e alunos na revisão e edição do nosso jornal, há dicas bastante preciosas inclusive listas de verificação para editoria.

Comentários das unidades 21 e 22 do TP 6: Profª Andréa Soares

As unidades 21 e 22 do TP 6 nos trás uma abordagem super importante na produção de textos que é o tipo “textual argumentação” e por seguinte o “planejamento” das atividades que iremos trabalhar em sala de aula com os nossos alunos.
Argumentação é um tipo textual imprescindível na formação crítica do nosso alunado, pois é a partir do debate argumentativo que formamos opiniões, e é a partir das opiniões dos nossos alunos conseguimos conhecê-los melhor como ser social, e por meio desse conhecimento podemos nos aproximar mais dos nossos alunos, pois conhecemos o seu meio, a sua realidade e isso é importante demais nos dias atuais. Não esquecendo que o tipo textual argumentativo é o mais requisitados nos vestibulares, dessa forma os nossos alunos não podem ser leigos sem conhecimento deste tipo textual, por mais que diariamente eles se utilizem de argumentos, isso tem que ser sistematizado com conhecimento e consciência dos alunos. O planejamento das atividades dispensa comentários, pois seria impossível fazer um bom trabalho, com resultados positivos sem planejarmos as atividades que iremos trabalhar com nossos alunos. E muito mais importante do que planejarmos sozinhas é incentivar e ensinar aos nossos alunos a importância do planejamento das suas atividades escolares.
Dessa forma as unidades 21 e 22 do TP 6 nos trás conhecimentos de alta importância nas nossas vidas educacional, nos ajuda com clareza e simplicidade a abordar dois pontos essenciais no aprendizado dos nossos alunos, nos garantindo o conhecimento necessário na abordagem dos temas.

Relato de prática da unidades 21 e 22 TP 6: Prof. Mércia Fontoura

Escrever o que se pensa sobre algo, querendo convencer o leitor, exige argumentos. É preciso defender, exemplificar, justificar ou desqualificar posições. Para fazer o alunado mais pensante propus um tema possível de debate, ou seja, submetido a questionamentos coerentes com a realidade com a sala de aula: apelidos na sala de aula. Você é contra ou a favor? Isso já foi suficiente para os alunos argumentarem ou contra-argumentaram sobre o problema. A partir daí, iniciei as aulas sobre argumentação. Apresentei aos alunos do 8ª ano o gênero textual artigo de opinião. Após identificar as características deste gênero, distribui com os mesmos o seguinte texto: “Mar de Desperdício”, antes da leitura fiz os seguintes questionamentos: o lixo jogados nos lixões, nas ruas e praças, nos córregos e nos rios enfeia o ambiente, entope bueiros, contribui para causar enchentes e atrair ratos e baratas, que espalham micróbios. Que outros problemas o acúmulo de lixo acarreta? O que fazer com tanto lixo? Considerando essas informações fiz as seguintes indagações: qual pode ser o tema do texto “Mar de Desperdício”? o que você imagina que seja um mar de desperdício? Há desperdício na comunidade em que você vive? E você, costuma desperdiçar alguma coisa? O que? Por quê? Após uma série de discussões deu-se a análise da leitura por escrito. Como atividade extraclasse pedi para que os alunos respondessem as seguintes perguntas: a sua cidade é bem cuidada e limpa? Há algum rio que passa por ela? Trata-se de um rio despoluído, com águas claras? Como a população cuida do meio ambiente? Você acha que as pessoas que poluem o meio ambiente deveriam ser multadas? Por quê? Na sua cidade há fábricas ou indústrias que comprometem a saúde das pessoas? Na sua escola se faz coleta seletiva de lixo para que haja a reciclagem e o aproveitamento dos materiais? Conte como ela funciona. Essa prática teve como objetivo preparar os alunos para uma produção de textual. Como oficina de produção pedi para que os mesmos produzissem um artigo sobre o desperdício de alimentos. Para orientá-los retirei do texto o seguinte trecho: “só o Brasil descarta em alimentos o equivalente 1,4% do seu PIB“ e acrescentei a seguinte informação: são desperdiçados em alimentos no Brasil R$ 12 milhões, valor equivalente a 20 vezes a verba disponível para a merenda escolar. Com esses milhões desperdiçados seria possível fornecer cestas básicas no valor de um salário mínimo a 8 milhões de famílias durante um ano. Em seguida perguntei-lhes: o que cada cidadão poderia fazer para evitar esse desperdício? Anotei suas conclusões e solicitei-lhes para seguir as seguintes instruções:
  • Fazer uma pergunta introdução sobre o assunto apresentado seu ponto de vista a respeito do tema;
  • Apresentar dados e exemplos que expliquem para o leitor o que está dizendo;Elaborar uma conclusão;
  • Criar um título e um olho para o artigo.


Segue em anexo o texto da aluna Jennifer Silva Cândido – Série 8ª ano A da Escola Municipal Dr. Hélio Barbosa de Oliveira – Santo Antônio/RN

Alimentos: energia vital

Por que há tanto desperdício de alimentos no mundo na atualidade?
Hoje o desperdício de alimento é um problema visto em boa parte da terra. As pessoas não tem a boa vontade de doar aos que precisam ou aproveitar o que restou do almoço, por exemplo e guardar para o jantar. O que hoje parecer ter em abundância ou parecer ser barato amanhã pode haver escassez e tornar-se caro, pois o alimento não cai na nossa mesa, precisamos suar muito para consegui-lo, além disso, os governantes precisam investir na agricultura, na produção de nossos alimentos ou pagaremos um preço bem alto na importação dos alimentos.
Deveria haver mais campanhas de reaproveitamento dos alimentos, incentivo a uma alimentação mais saudável, com frutas, verduras, legumes, enfim comidas que traga energias, nutrição e não gorduras em exagero, ou seremos adultos doentes e insatisfeitos com o nosso corpo.
Portanto, é preciso conscientizar as pessoas a consumir sem desperdiçar, a cultivar seu próprio alimento, a preservar as plantações e o meio ambiente, pois assim teremos um alimento de qualidade e as energias vitais para uma vida saudável e prazerosa. “

TP 6 - unidades 21 e 22

As unidades 19 e 20 do TP 5 p0ssibilitou a nós professores detectar vários problemas com relação à interpretação textual, como incoerência, a falta de elementos coesivos, a ausência de relações lógicas, a inadequação entre o texto e a situação sociocomunicativa, podem dificultar a produção e a interpretação textual, porém ao trabalhar tais dificuldades conseguimos desenvolver um “olhar” mais atento e crítico do alunado perante às diversas situações textuais.

E as próximas unidades 21 e 22 do TP 6 vem justamente despertar os alunos para uma linguagem mais crítica, argumentativa, pois estabelece uma interação com o outro, uma relação de fazer social. Quando nos comunicamos, transmitimos nossos sentimentos, idéias, valores, informações, porém nunca ficamos isentos do julgamento das informações, sempre tentamos de uma forma explícita ou implícita convencer o outro que o nosso ponto de vista é o mais correto, o mais seguro, também identificamos uma diversidade de argumentos que podem ser utilizados para demonstrar uma idéia e os possíveis defeitos na organização de textos argumentativos e suas soluções.

Estudamos também o planejamento para a produção de textos, estratégias para facilitar a escrita, em que o ensino adquiri uma nova perspectiva na construção do conhecimento a partir da produção que é comunicativa e, portanto, perpassada por práticas de leitura e escrita que percorrem todo o processo: uma prática reflexiva, dialogada em que o professor contribui para o aprendizado de seu aluno com sua experiência como leitor e escritor no cotidiano, expandindo o seu conhecimento como usuário da língua.

Questionei os cursistas sobre o desenvolvimento de sua competência escrita, o que eles fazem para escrever melhor, e o que podem fazer para melhorar o desempenho dos alunos com relação à escrita. A professora Andréa Soares Moreira respondeu: “Primeiramente eu organizo meu conhecimento prévio em relação ao assunto proposto, coloco esse conhecimento em tópicos e começo a desenvolvê-los, e obviamente sempre reviso a minha escrita e reescrevo quase sempre”.

Questionei como ela achava que seus alunos desenvolvem e desenvolverão à escrita? O que pode fazer para melhorar esse desempenho? E ela respondeu: “Acredito que a melhor opção de um professor para ajudar o desenvolvimento da escrita do seu aluno é incentivando a leitura, e consequentemente o senso crítico do seu aluno. Para que isso se torne mais fácil devemos oferecer leituras e temas de interesse do aluno e que estejam próximos da sua realidade”.

Respostas da professora Mércia Fontoura: “Costumo produzir e reproduzir o texto várias vezes, sendo cautelosa com a coesão e coerência”. Com relação aso alunos ela respondeu: “ Produção de textos todos os dias e praticando a reescrita. Pode-se também fazer uma revisão coletiva colocando na lousa um texto desorganizado e tentar fazer a correção.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Depoimento da 1º Etapa do Programa Gestar II




“Graças aos avanços tecnológicos, recebemos todos os dias um número muito grande de informações. As revistas, os jornais, a TV, o rádio, os outdoors e a internet nos apresentam constantemente fatos, opiniões, informações, apelos. A todo momento somos solicitados a definir e a manifestar nossa posição diante do que acontece ao nosso redor e também a expressar nossas ideias e sentimentos, ouvir as ideias das outras pessoas e mudar de opinião.



Para definir nossos pontos de vista, precisamos, antes de tudo, saber ler: ler os fatos, ler as situações, ler os textos. Para expressar nossas ideias, sentimento e pontos de vista, precisamos conhecer os recursos que a língua oferece e que estão a nossa disposição, prontos para serem usados de maneira criativa e para estruturar melhor nossos pensamentos. Em relação às atividades dessas unidades, apresentam textos que exigem leitura atenta, que levam a expressar sentimentos e a expor argumentos em debates orais e em produções escritas. Também apresentou uma visão de como trabalhar a língua de forma contextualizada as diversas fontes de conhecimentos, sempre estabelecendo relações de causa e efeito naquilo que fazemos.”



Depoimento da professora: Mércia Fontoura.

Depoimento da 1º etapa do programa Gestar II

“Sou professora do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, porém já trabalhei de 1º ao 5º ano e tenho experiência para afirmar a dificuldade que nós professores sentimos nas séries iniciais, pois ainda estamos trabalhando de modo fechado, como se seguíssemos uma receita, o que torna-se inviável nos dias atuais, com tantas mudanças ocorrendo ao mesmo tempo na política, cultura, avanços tecnológicos, tantas informações, enfim houve uma mudança bastante significativa na formação dos jovens, não é mais possível vê-los e trabalhar com eles da mesma forma como fomos formados, tudo muda constantemente o que nos obriga a ter uma nova postura perante o ensino, é preciso antes de tudo buscar significado, sentido naquilo que repassamos, os jovens precisam sentir na escola uma companheira para seu progresso pessoal e não um passatempo, uma obrigação, mas, um compromisso que temos que cumprir para colher os frutos amanhã.

Infelizmente o sistema de ensino básico (fundamental) em nosso país não é valorizado, se tivéssemos uma base estruturada com recursos e valorização do profissional tenho certeza que a qualidade no ensino seria outro. O programa Gestar II trás essa preocupação com relação ao modo que lecionamos, o programa instiga nós professores a mudarmos nossa postura, nossa prática educativa, o material é bastante rico, que o aluno não ter acesso a todo o material.

Portanto fica clara a intenção do Gestar II em despertar o professor para trabalhar a língua como forma de expressão nas diversas situações sóciocomunicativa, em que o aluno não veja na língua um amontoado de regras, mas um recurso bastante rico em seu sucesso profissional e pessoal.”

Depoimento da Professora: Andréa Soares Moreira

O Programa Gestar II busca a melhoria do ensino através do aperfeiçoamento da prática escolar qualificando os professores e buscando soluções para as dificuldades encontradas. Para alcançar tal objetivo trabalha a partir de projetos, em que detectamos o problema que buscaremos através de estudos e referências às possíveis soluções.


O projeto que pretendemos trabalhar será a produção de um jornal, visando desenvolver a leitura e a escrita dos alunos, pois temos um nível de leitura escrita bem abaixo do esperado. O primeiro passo será apresentar a estrutura do jornal, quais as intenções dos variados gêneros textuais, depois faremos uma visita à Inter TV Cabugi, ao jornal Diário de Natal, para que os alunos acompanhem de perto o trabalho dos profissionais envolvidos e a impressão do material (jornal), em seguida daremos início a nossa produção do jornal, focalizando sempre a importância da pesquisa e da boa escrita na produção de textos interessantes que chamem a atenção do leitor.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Continuação do TP5

Na unidade anterior, desenvolvemos reflexão a respeito de como a adequação entre texto e a situação sócio-comunicativa permite interpretá-lo como coerente, ou não, de acordo com o conhecimento que temos do assunto, dos interlocutores e dos propósitos comunicativos. Agora vamos analisar os procedimentos lingüísticos que permitem produzir um texto coerente.

A coesão textual tem a função de ligar os termos (palavras) com as ideias, tornando-se responsável pela a articulação dos sentidos de cada parte de um texto ao sentido do todo, podemos dizer que os mecanismos de coesão lingüística transformam ideias e palavras em texto.
Outro aspecto relevante para a coerência textual são as relações lógicas que orientam a leitura e interpretação do texto, essas relações ressaltam a coerência e a coesão como mecanismos essenciais para a interpretação textual.

Os professores cursistas disseram que a unidade 20 do TP5 foi interessante trabalhar, pois engloba uma série de dificuldades encontradas ao trabalhar a produção e interpretação textual, porém ao identificar as relações lógicas de temporalidade e de identidade, como também significados implícitos na leitura, o alunado conseguiu desenvolver “um olhar” mais crítico perante as diversas situações textuais. Para trabalhar as unidades os cursistas escolheram a atividade 22 da página 224, os alunos teriam várias informações, porém precisavam fazer as relações lógicas entre elas, enfatizando a coerência e a importância dos elementos coesivos para uma interpretação mais precisa, objetiva. Também foram enfatizados os significados construídos implicitamente, por isso devem ser compatíveis com os significados do todo e da textualidade. Outra atividade desenvolvida pelos cursistas em sala foi da página 218, são piadas que circulam na internet, atribuídas ao livro – Desordem no Tribunal – em que os alunos analisavam as relações lógicas que estavam sendo desrespeitadas para provocar humor. Os alunos gostaram e pesquisaram mais piadas na internet, pois, além de provocar humor, desenvolve o nosso conhecimento de mundo.

Discussão do TP5

A leitura e discussão das unidades 17 e 18 do TP5 proporcionou desenvolvermos reflexões a respeito de como a adequação entre o texto e a situação sócio-comunicativa permite interpretá-lo como coerente, ou não, de acordo com o conhecimento que temos do assunto, dos interlocutores e dos propósitos comunicativos.

Estudamos e relembramos outro aspecto bastante importante na produção textual, o estilo, em um ato de fala, o falante tem a sua disposição o material organizado, isto é, a língua e sua própria expressão, ou seja, a linguagem. A língua não é uma criação individual, subjetiva, mas, a linguagem permite um grau de liberdade que se manifesta no estilo, no idioleto, isto é, na língua que cada indivíduo, tem um conjunto de marcas textuais que constitui sua fala.

Portanto, as unidades serão fundamentais para a execução do nosso projeto, a produção do jornal, pois tanto a coerência, quanto o estilo, serão trabalhados pelos alunos na produção de textos, o que só aumenta a responsabilidade de nós professores ao trabalharmos tais assuntos, mostrando que, ao produzir um texto, é preciso ser coerente no encadeamento das ideias, para não haver confusão na interpretação de modo que o texto seja claro e objetivo naquilo que pretende atingir. Já com relação ao estilo todos têm o seu como marca pessoa, como resultante do cruzamento dos vários dialetos (etário, regional, profissional, de gênero, social), porém, ao produzir um texto é preciso tomar cuidado ao dar expressividade ao mesmo, seja no campo sonoro, da palavra, frase ou enunciação, pois podemos estar transgredindo normas gramaticais ou dificultando a compreensão textual, então o que seria um recurso de estilo pode tornar-se um defeito estilístico.

Finalização do TP4

A leitura e reflexão das unidades 15 e 16 do TP4 ofereceu oportunidade de realizar e refletir sobre procedimentos adequados para ajudar nossos alunos a desenvolverem habilidades de leituras, através da formulação adequada de perguntas e das respostas obtidas, da análise de estrutura do texto, como conhecimento importante para a compreensão global do texto. Na verdade, seja qual for a forma de entender a leitura, não podemos deixar de considerar que ela é sempre um meio. O ato da leitura trás em si algo a descobrir, pois, quando lemos estamos sempre a procura de uma forma de nos entendermos e de nos situarmos no mundo – do universo familiar ao mais amplo.

Outro objetivo a atingir nesta unidade, é com relação a escrita, suas crenças, teorias e fazeres. É preciso refletir sobre a comunicação escrita, como se desenvolve e como podemos ensiná-la de forma diferenciada, isto é, a partir de um trabalho processual. A leitura nos dá suporte para aplicar atividades que evite descompassos entre os textos que nossos alunes escrevem na escola e as suas vidas cotidianas, a fim de evitar qualquer forma de exclusão dos nossos alunos de se comunicarem.

Trabalhar a partir do processo de produção textual é uma maneira de sair da passividade no ensino da escrita, quebrando os ciclos de dificuldades que temos vivido, e motivar nossos alunos a desenvolverem a escrita comunicativa. Outro aspecto bastante discutido entre o grupo foi o fato da boa escrita seja, da produção de um bom texto, ser ou não ser um dom, o grupo chegou a conclusão que trata-se mais de uma questão de habilidades, algumas pessoas têm facilidade para escrever, outras para falar, enfim, cabe à escola criar estratégias para sanar qualquer que seja as dificuldades encontradas. Portanto, são as circunstâncias de vida que geram motivações para que alguém goste de escrever e até se torne um escritor(a), circunstâncias estas que a escola está incluída, e tem como objetivo descobrir o que atrai os alunos com relação a determinadas leituras, o que eles gostam de ler, o que instiga a curiosidade. Só assim o trabalho do professor torna-se significativo e mais prazeroso.

Comentário da Professora Mércia Fontoura: “os alunos do 7º ano trabalharam com o gênero textual notícia. Inicialmente os alunos tiveram acesso a diversos tipos de jornais. Em seguida mostrei-lhes como se produz uma manchete. Apresentei-lhes as partes que compõe uma notícia, com a ajuda de um texto – Dezenas de Baleias são encontradas mortas no litoral da Tasmânia – os alunos identificaram cada parte da notícia. Logo em seguida, solicitei-lhes que produzissem uma notícia a respeito de um acontecimento ocorrido na semana comemorativa ao dia da Pátria. A classe optou em redigir um fato trágico ocorrido com a aluna Janaina Batista, atropelada ao retornar do desfile. O resultado de cada texto dos alunos comprova a compreensão do lead como fornecedor das principais informações da notícia, que tem a função de despertar a atenção do leitor para o texto. Os alunos também trabalharam o gênero artigo de opinião, relacionei a diferença entre o artigo de opinião e a notícia. Posteriormente apresentei-lhes o seguinte texto: Mar de desperdício, e fui apresentando às partes que compõem um artigo: título, olho, introdução, corpo, conclusão. Com os conhecimentos adquiridos em aulas anteriores sobre argumentos e contra-argumentos, os alunos não demonstraram dificuldades na produção e compreensão do gênero.

domingo, 13 de setembro de 2009

As discussões das unidades 13 e 14 TP4 foram bem entusiasmadas, os cursistas debateram sobre o processo da leitura e escrita, a importância do conhecimento prévio, letramento, que para alguns não estava bem claro, pois confundiam com alfabetização, porém depois de uma discussão acalorada chegamos ao consenso que letramento é um processo mais complexo e amplo em que a leitura e a escrita têm funções e usos sociais.
Portanto, ficou claro para todos que é preciso criarmos situações didáticas que levem o aluno a produzir conhecimentos utilizando a leitura e a escrita do seu próprio ambiente, o que proporcionará ao aluno experimentar agir e compreender o meio em que vive.
Diante de tal realidade discutimos possibilidades a serem adotadas pela comunidade escolar com relação a escrita e a leitura, pois os nossos alunos tem um nível de leitura e escrita bem abaixo do esperado e conseqüentemente seu desempenho escolar fica prejudicado. Contamos também com o fato de mudarmos de ambiente escolar, pois a antiga escola não comportava quantidade de alunos de 6º ao 9º ano, e com isso veio a falta de estrutura, foram construídas novas salas, porém falta biblioteca, sala de vídeo, livros didáticos, livros pára-didáticos, jogos, enfim, a estrutura básica que todas as escolas deveriam ter, mas que na realidade esta longe de ser alcançada. Diante de tal fato decidimos fazer uma campanha para promover “a leitura”.
Discutimos as possíveis causas da falta de leitura de nossos alunos, alguns professores citaram como causa as facilidades tecnológicas, outros a estrutura cultural das famílias, outros a falta de incentivos dos pais, outra causa seria a falta de material interessante para a faixa etária (livros, revistas, vídeos) e um ambiente aconchegante que propicie o gosto pela leitura. Outra causa que não gostamos de admitir, mas que é preciso reconhecer é a nossa própria formação como leitores, será que estamos mesmo preparados para cobrar a leitura de nossos alunos, até que ponto incentivamos a leitura e a passamos como uma necessidade intrínseca e real para a nossa progressão pessoal?
Enfim, foram várias as causas e problemas encontrados, porém não podemos nos deter aos problemas, é preciso buscar as soluções, então resolvemos promover na escola uma campanha de incentivo à leitura, em que todos da comunidade escolar estejam engajados em tal desafio, sugerimos como tema “leitura é vida”. Para o sucesso da campanha discutimos alguns procedimentos a serem adotados por todos:
· Os professores de todas as disciplinas trabalhariam junto aos de língua portuguesa no incentivo e práticas de leituras;
· Os professores fariam questões referentes à importância da leitura na vida dos alunos, o que fazemos quando queremos descobrir algo? Por quê vocês freqüentam a sala de aula? O que esperam alcançar ao tornarem-se adultos? A educação pode mudar o rumo de um país? O que gostariam de ler e estudar em sala? Depois os alunos questionariam seus pais sobre a importância dos estudos, se eles estivessem a oportunidade em sua época de estudante o que teria acontecido? Qual a intenção dos pais ao matricularem seus filhos? O que o estudo pode fazer de bom? Enfim as perguntas ficariam a critério de cada professor. Depois haveria um debate sobre as respostas;
· Os professores teriam o compromisso de sempre lerem e levar textos interessantes para a sala de aula ou escolherem alunos com boa dicção para a leitura;
· Sugeri que os alunos tragam textos interessantes de vários gêneros para a leitura e comentário, pode ser a disciplina que trabalha e dos assuntos que estão estudando;
· Requisitar a Secretaria de Educação livros pára-didáticos, revistas e jornais para serem utilizados pelos alunos, como também vídeos sobre a importância da leitura;
· Solicitar uma biblioteca ou sala de leitura;
· Promover o dia da leitura, durante um dia na semana haveria apenas leituras compartilhadas ou individuais, som ambiente se necessário, poderíamos intitulá-lo de “conta que eu escuto”;
· Promover palestras para estimulá-los a ler e estudar;
· Premiação para aqueles alunos que sobressaírem na leitura e desempenho escolar;
· Dramatização dos pontos preferidos dos alunos, acompanhados pela professora de arte e demais profissionais.

Essas foram algumas sugestões do Grupo GESTAR, porém estão abertas para discussões, adaptações e acréscimos se necessários, o importante será a execução e o sucesso de nossa campanha.
Portanto, Djalma, esperamos comentários e sugestões suas para enriquecer nossa campanha.

4° Encontro

O resultado das unidades 11 e 12 do TP3 partiram da interação dos tipos textuais, quando falamos ou escrevemos, nossa intuição nos ajuda substancialmente a encontrar os melhores caminhos para que nossa interação chegue a um bom termo. A adequação de nosso texto (oral ou escrito) depende muito da habilidade de reunir de forma pertinente tipos textuais diferentes e foi com essa proposta que nós (formadora e cursistas) trabalhamos as unidades. Escolhemos atividades do AAA3 como o ponto de Carlos Drummond de Andrade que engloba e explora tipos textuais, foi distribuído textos para que os alunos reconhecessem o gênero e o tipo que predominava em cada um, também foram trabalhados textos literários e não literários, através de um poema de Manoel Bandeira e uma receita culinária. Depois de expostas todas as explicações necessárias, foi pedido uma atividade onde os alunos criariam uma história narrativa ou descritiva na estrutura do poema. Logo após, usariam a estrutura da receita culinária para preparar receita para o “sucesso em suas vidas”, o resultado final foi bem satisfatório.
Outro depoimento interessante veio da professora Andréa, ao trabalhar com os alunos do 6ª ano com um painel com várias fotos para que os mesmos produzissem textos narrativos e descritivos. Depois eles destacariam as características próprias de cada tipo textual. Segundo a professora os alunos conseguiram perceber que no texto descritivo os enunciados são simultâneos, enquanto na narração há progressão de um estado para o outro. Já, com relação ao texto dissertativo os alunos produziram um panfleto para ser distribuído na escola, o texto expositivo falava dos cuidados que devemos ter para prevenir o surgimento da “gripe suína”, quais os sintomas e o que devemos fazer em caso de suspeita, foi uma atividade bastante rica e apreciada por todos.

domingo, 9 de agosto de 2009

Encontro do grupe em 03 de agosto de 2009

Nas unidades 09 e 10 do TP3 tivemos a oportunidade de analisar como se organizam vários gêneros que nos rodeiam: poemas, contos, receitas culinárias, verbetes de dicionário, textos publicitários, entre outros. Discutimos os resultados dos trabalhos feitos com os alunos, que pareceram satisfatórios. Segundo os professores, os alunos perceberam que os textos estão em todos os lugares, desde um texto elaborado ao rótulo de um produto e que todos eles estão destinados a um objetivo, a uma situação sóciocomunicativa. Ficou comprovada, também, a dificuldade de os alunos interpretarem textos mais complexos, ao fazerem a intertextualidade.
Segundo a professora Mércia, trabalhar o gênero classificados foi muito gratificante, pois os alunos ficaram empolgados e produziram uma variedade de anúncios, confeccionaram um painel intitulado “classificados na escola” . Através desta atividade, exercitaram e grafaram corretamente palavras que ofereciam dificuldades ortográficas. Portanto ampliaram a capacidade de expressão oral e escrita. De um modo geral foi um trabalho proveitoso, pois os alunos descobriram que gênero textual está por toda a parte e que todo texto tem seu objetivo, implícito ou explícito.
Aproveitamos o encontro para discutir as unidades 11 e 12 do TP3 já lidas pelos cursistas, agora passando de uma visão ampla de texto para uma situação de sistematização de tipos textuais ligados aos diversos usos lingüísticos, analisamos os principais tipos textuais, suas características, estruturas e escolhemos as melhores atividades de acordo com o nível das turmas para serem trabalhadas.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

2º Encontro

O 2º encontro foi realizado no dia 27/05/2009, na Escola Municipal Maria Umbelino de Melo por questão de comodidade. Os cursistas compareceram e houve uma discursão bastante proveitosa sobre gêneros textuais, por ser um assunto conhecido por todos. Facilitando a troca de experiências e o reconhecimento da importância dos diversos gêneros textuais na nossa competência sociocomunicativa.
Durante este encontro discutimos diversos tipos de textos e suas mudanças de estruturas e linguagens de acordo com o objetivo a ser alcançado, também escolhemos o avançando na prática, os alunos pesquisariam textos biográficos, analisariam suas características e logo após alaborava sua própria biografia ou a de alguém que os mesmos consideram importantes. Depois decidimos levar aos alunos uma letra musicada da canção (construção) de Chico Buarque, trabalhar sua interpretação e sua intertextualidade com a canção de Zé Ramalho. Com o clima de grande expectativa com relação aos resultados, terminamos nosso segundo encontro, esperando alcançar com eficácia os objetivos.

1º Encontro

O programa Gestar II teve sua abertura no dia 20/05/2009 na cidade de Santo Antônio/RN, aconteceu na Escola Municipal Dr. Hélio Barbosa, com presença da Secretária de Educação, Coordenadora, Formadores e Professores (cursistas).
Houve apresentação de um video de sensibilização - "Saber e sabores" - comentário sobre o Guia Geral juntamente com as atribuições dos formadores e cursistas, logo após os formadores entregaram o cronograma, os kits, e discutimos sobre a realização do projeto. Marcamos o próximo encontro para o dia 27/05/2009, com o compromisso dos cursistas lerem as unidades 09 e 10 do TP3, de modo geral o programa parece ter sido bem aceito, apesar de alguns reclamarem da quantidade de leitura e da inflexibilidade de horários, pois ficou decidido que não haveria nenhum prejuízo para os alunos. Os encontros seriam em horários alternativos.
Foi questionado por parte de alguns cursistas o fato de o programa não ser direcionado para os professores de 1º ao 5º anos, pois é unânime a opinião da necessidade de cursos de formação continuada para a classe, devido o baixo nível de aprendizagem dos alunos de 6º ano, e como consequência o alto índice de reprovação. Porém, todos concordaram que não adianta ficar culpando esse ou aquele problema. É preciso buscar soluções para avançarmos no nosso objetivo maior que é a aprendizagem de qualidade dos nossos alunos. Por fim, houve um coquetel de confraternização dos participantes.