sábado, 31 de outubro de 2009

Comentário das unidades 23 e 24 do TP 6 da Profª Andréa Soares

Nas unidades 23 e 24 do TP 6 aborda dois temas essenciais na formação de leitores e escritores da nossa língua. Na unidade 23 trás o tema “revisão e edição” , nos esclarece quão é importante habituarmos os nossos alunos, primeiramente, revisar a sua produção de texto, ou até qualquer outra atividade que remete a sua escrita, pois assim ele se torna um escritor crítico, revendo e melhorando os seus textos. Claro que a unidade 23 também nos revelou com trabalhar com os nossos alunos a parte da edição que é de suma importância para aprendermos e ensinarmos a melhor forma de editar os textos produzidos pelos alunos.

A unidade 24 aborda um tema já muito debatido entre nós professores de língua portuguesa, “a leitura para adolescentes”, hoje muito mais problemático do que alguns anos atrás, justamente pelo fato do hábito da não leitura entre os jovens que se encontram envolvidos pelas tecnologias do mundo moderno. Essa abordagem só reforçou quais as melhores formas de envolvermos os nossos alunos no mundo da leitura, que é justamente trabalharmos com leituras interessantes que aproximem da realidade e do conhecimento prévio dos alunos. Assim, devemos despertar o gosto pela leitura na vida dos nossos alunos por meio de textos interessantes com linguagem fácil de interpretação e textos curtos para não entediar o interesse dos alunos, e gradativamente ir avançando com o desenvolvimento dos alunos.A partir dos encaminhamento das unidades 23 e 24 do TP 6, sinto-me mais preparada para envolver os meus alunos no mundo da escrita e da leitura de forma mais simples e dinâmica.

Unidades 23 e 24 TP 6

As últimas unidades do PT 6 continuam trabalhando o planejamento da produção escrita, só que de modo mais aprofundado, tratando da revisão e da edição. O ensino e a aprendizagem do processo de revisão requerem uma prática de estratégias de releitura, reflexão e do afastamento do escritor de seu próprio texto. Para tanto, visamos a construção de um texto que atinja seus objetivos, considerando o gênero, o suporte, os possíveis leitores e o assunto. Já no processo de edição, a prática esta ligada a verificação de uma última lista de elementos antes da finalização do texto.
A finalidade da revisão é criar um distanciamento entro o autor e seu texto. É o momento em que o autor tenta colocar-se no lugar do interlocutor; e as releituras necessárias dependem da representação que o escritor tem de seu texto, sua finalidade, focando sempre os processos de coerência e coesão textuais.
Outro assunto bastante relevante já visto em unidades anteriores, porém muito interessante para nós professores que trabalhamos com adolescentes, é a literatura para adolescentes. A unidade 24 vem enriquecer nosso leque de opções literárias, faz uma reflexão sobre a leitura do adolescente e a relação do professor com essa leitura; a importância da qualidade literária e formas de (re)aproximar o adolescente da leitura literária.
O programa GESTAR tem a preocupação de despertar o gosto pela leitura e usa a literatura, assim como diversos gêneros textuais como ferramenta para esse despertar, usando sempre o texto como base para a partir dele trabalhar os assuntos selecionados. Essas unidades vieram em momento oportuno, pois vai auxiliar nós professores e alunos na revisão e edição do nosso jornal, há dicas bastante preciosas inclusive listas de verificação para editoria.

Comentários das unidades 21 e 22 do TP 6: Profª Andréa Soares

As unidades 21 e 22 do TP 6 nos trás uma abordagem super importante na produção de textos que é o tipo “textual argumentação” e por seguinte o “planejamento” das atividades que iremos trabalhar em sala de aula com os nossos alunos.
Argumentação é um tipo textual imprescindível na formação crítica do nosso alunado, pois é a partir do debate argumentativo que formamos opiniões, e é a partir das opiniões dos nossos alunos conseguimos conhecê-los melhor como ser social, e por meio desse conhecimento podemos nos aproximar mais dos nossos alunos, pois conhecemos o seu meio, a sua realidade e isso é importante demais nos dias atuais. Não esquecendo que o tipo textual argumentativo é o mais requisitados nos vestibulares, dessa forma os nossos alunos não podem ser leigos sem conhecimento deste tipo textual, por mais que diariamente eles se utilizem de argumentos, isso tem que ser sistematizado com conhecimento e consciência dos alunos. O planejamento das atividades dispensa comentários, pois seria impossível fazer um bom trabalho, com resultados positivos sem planejarmos as atividades que iremos trabalhar com nossos alunos. E muito mais importante do que planejarmos sozinhas é incentivar e ensinar aos nossos alunos a importância do planejamento das suas atividades escolares.
Dessa forma as unidades 21 e 22 do TP 6 nos trás conhecimentos de alta importância nas nossas vidas educacional, nos ajuda com clareza e simplicidade a abordar dois pontos essenciais no aprendizado dos nossos alunos, nos garantindo o conhecimento necessário na abordagem dos temas.

Relato de prática da unidades 21 e 22 TP 6: Prof. Mércia Fontoura

Escrever o que se pensa sobre algo, querendo convencer o leitor, exige argumentos. É preciso defender, exemplificar, justificar ou desqualificar posições. Para fazer o alunado mais pensante propus um tema possível de debate, ou seja, submetido a questionamentos coerentes com a realidade com a sala de aula: apelidos na sala de aula. Você é contra ou a favor? Isso já foi suficiente para os alunos argumentarem ou contra-argumentaram sobre o problema. A partir daí, iniciei as aulas sobre argumentação. Apresentei aos alunos do 8ª ano o gênero textual artigo de opinião. Após identificar as características deste gênero, distribui com os mesmos o seguinte texto: “Mar de Desperdício”, antes da leitura fiz os seguintes questionamentos: o lixo jogados nos lixões, nas ruas e praças, nos córregos e nos rios enfeia o ambiente, entope bueiros, contribui para causar enchentes e atrair ratos e baratas, que espalham micróbios. Que outros problemas o acúmulo de lixo acarreta? O que fazer com tanto lixo? Considerando essas informações fiz as seguintes indagações: qual pode ser o tema do texto “Mar de Desperdício”? o que você imagina que seja um mar de desperdício? Há desperdício na comunidade em que você vive? E você, costuma desperdiçar alguma coisa? O que? Por quê? Após uma série de discussões deu-se a análise da leitura por escrito. Como atividade extraclasse pedi para que os alunos respondessem as seguintes perguntas: a sua cidade é bem cuidada e limpa? Há algum rio que passa por ela? Trata-se de um rio despoluído, com águas claras? Como a população cuida do meio ambiente? Você acha que as pessoas que poluem o meio ambiente deveriam ser multadas? Por quê? Na sua cidade há fábricas ou indústrias que comprometem a saúde das pessoas? Na sua escola se faz coleta seletiva de lixo para que haja a reciclagem e o aproveitamento dos materiais? Conte como ela funciona. Essa prática teve como objetivo preparar os alunos para uma produção de textual. Como oficina de produção pedi para que os mesmos produzissem um artigo sobre o desperdício de alimentos. Para orientá-los retirei do texto o seguinte trecho: “só o Brasil descarta em alimentos o equivalente 1,4% do seu PIB“ e acrescentei a seguinte informação: são desperdiçados em alimentos no Brasil R$ 12 milhões, valor equivalente a 20 vezes a verba disponível para a merenda escolar. Com esses milhões desperdiçados seria possível fornecer cestas básicas no valor de um salário mínimo a 8 milhões de famílias durante um ano. Em seguida perguntei-lhes: o que cada cidadão poderia fazer para evitar esse desperdício? Anotei suas conclusões e solicitei-lhes para seguir as seguintes instruções:
  • Fazer uma pergunta introdução sobre o assunto apresentado seu ponto de vista a respeito do tema;
  • Apresentar dados e exemplos que expliquem para o leitor o que está dizendo;Elaborar uma conclusão;
  • Criar um título e um olho para o artigo.


Segue em anexo o texto da aluna Jennifer Silva Cândido – Série 8ª ano A da Escola Municipal Dr. Hélio Barbosa de Oliveira – Santo Antônio/RN

Alimentos: energia vital

Por que há tanto desperdício de alimentos no mundo na atualidade?
Hoje o desperdício de alimento é um problema visto em boa parte da terra. As pessoas não tem a boa vontade de doar aos que precisam ou aproveitar o que restou do almoço, por exemplo e guardar para o jantar. O que hoje parecer ter em abundância ou parecer ser barato amanhã pode haver escassez e tornar-se caro, pois o alimento não cai na nossa mesa, precisamos suar muito para consegui-lo, além disso, os governantes precisam investir na agricultura, na produção de nossos alimentos ou pagaremos um preço bem alto na importação dos alimentos.
Deveria haver mais campanhas de reaproveitamento dos alimentos, incentivo a uma alimentação mais saudável, com frutas, verduras, legumes, enfim comidas que traga energias, nutrição e não gorduras em exagero, ou seremos adultos doentes e insatisfeitos com o nosso corpo.
Portanto, é preciso conscientizar as pessoas a consumir sem desperdiçar, a cultivar seu próprio alimento, a preservar as plantações e o meio ambiente, pois assim teremos um alimento de qualidade e as energias vitais para uma vida saudável e prazerosa. “

TP 6 - unidades 21 e 22

As unidades 19 e 20 do TP 5 p0ssibilitou a nós professores detectar vários problemas com relação à interpretação textual, como incoerência, a falta de elementos coesivos, a ausência de relações lógicas, a inadequação entre o texto e a situação sociocomunicativa, podem dificultar a produção e a interpretação textual, porém ao trabalhar tais dificuldades conseguimos desenvolver um “olhar” mais atento e crítico do alunado perante às diversas situações textuais.

E as próximas unidades 21 e 22 do TP 6 vem justamente despertar os alunos para uma linguagem mais crítica, argumentativa, pois estabelece uma interação com o outro, uma relação de fazer social. Quando nos comunicamos, transmitimos nossos sentimentos, idéias, valores, informações, porém nunca ficamos isentos do julgamento das informações, sempre tentamos de uma forma explícita ou implícita convencer o outro que o nosso ponto de vista é o mais correto, o mais seguro, também identificamos uma diversidade de argumentos que podem ser utilizados para demonstrar uma idéia e os possíveis defeitos na organização de textos argumentativos e suas soluções.

Estudamos também o planejamento para a produção de textos, estratégias para facilitar a escrita, em que o ensino adquiri uma nova perspectiva na construção do conhecimento a partir da produção que é comunicativa e, portanto, perpassada por práticas de leitura e escrita que percorrem todo o processo: uma prática reflexiva, dialogada em que o professor contribui para o aprendizado de seu aluno com sua experiência como leitor e escritor no cotidiano, expandindo o seu conhecimento como usuário da língua.

Questionei os cursistas sobre o desenvolvimento de sua competência escrita, o que eles fazem para escrever melhor, e o que podem fazer para melhorar o desempenho dos alunos com relação à escrita. A professora Andréa Soares Moreira respondeu: “Primeiramente eu organizo meu conhecimento prévio em relação ao assunto proposto, coloco esse conhecimento em tópicos e começo a desenvolvê-los, e obviamente sempre reviso a minha escrita e reescrevo quase sempre”.

Questionei como ela achava que seus alunos desenvolvem e desenvolverão à escrita? O que pode fazer para melhorar esse desempenho? E ela respondeu: “Acredito que a melhor opção de um professor para ajudar o desenvolvimento da escrita do seu aluno é incentivando a leitura, e consequentemente o senso crítico do seu aluno. Para que isso se torne mais fácil devemos oferecer leituras e temas de interesse do aluno e que estejam próximos da sua realidade”.

Respostas da professora Mércia Fontoura: “Costumo produzir e reproduzir o texto várias vezes, sendo cautelosa com a coesão e coerência”. Com relação aso alunos ela respondeu: “ Produção de textos todos os dias e praticando a reescrita. Pode-se também fazer uma revisão coletiva colocando na lousa um texto desorganizado e tentar fazer a correção.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Depoimento da 1º Etapa do Programa Gestar II




“Graças aos avanços tecnológicos, recebemos todos os dias um número muito grande de informações. As revistas, os jornais, a TV, o rádio, os outdoors e a internet nos apresentam constantemente fatos, opiniões, informações, apelos. A todo momento somos solicitados a definir e a manifestar nossa posição diante do que acontece ao nosso redor e também a expressar nossas ideias e sentimentos, ouvir as ideias das outras pessoas e mudar de opinião.



Para definir nossos pontos de vista, precisamos, antes de tudo, saber ler: ler os fatos, ler as situações, ler os textos. Para expressar nossas ideias, sentimento e pontos de vista, precisamos conhecer os recursos que a língua oferece e que estão a nossa disposição, prontos para serem usados de maneira criativa e para estruturar melhor nossos pensamentos. Em relação às atividades dessas unidades, apresentam textos que exigem leitura atenta, que levam a expressar sentimentos e a expor argumentos em debates orais e em produções escritas. Também apresentou uma visão de como trabalhar a língua de forma contextualizada as diversas fontes de conhecimentos, sempre estabelecendo relações de causa e efeito naquilo que fazemos.”



Depoimento da professora: Mércia Fontoura.

Depoimento da 1º etapa do programa Gestar II

“Sou professora do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, porém já trabalhei de 1º ao 5º ano e tenho experiência para afirmar a dificuldade que nós professores sentimos nas séries iniciais, pois ainda estamos trabalhando de modo fechado, como se seguíssemos uma receita, o que torna-se inviável nos dias atuais, com tantas mudanças ocorrendo ao mesmo tempo na política, cultura, avanços tecnológicos, tantas informações, enfim houve uma mudança bastante significativa na formação dos jovens, não é mais possível vê-los e trabalhar com eles da mesma forma como fomos formados, tudo muda constantemente o que nos obriga a ter uma nova postura perante o ensino, é preciso antes de tudo buscar significado, sentido naquilo que repassamos, os jovens precisam sentir na escola uma companheira para seu progresso pessoal e não um passatempo, uma obrigação, mas, um compromisso que temos que cumprir para colher os frutos amanhã.

Infelizmente o sistema de ensino básico (fundamental) em nosso país não é valorizado, se tivéssemos uma base estruturada com recursos e valorização do profissional tenho certeza que a qualidade no ensino seria outro. O programa Gestar II trás essa preocupação com relação ao modo que lecionamos, o programa instiga nós professores a mudarmos nossa postura, nossa prática educativa, o material é bastante rico, que o aluno não ter acesso a todo o material.

Portanto fica clara a intenção do Gestar II em despertar o professor para trabalhar a língua como forma de expressão nas diversas situações sóciocomunicativa, em que o aluno não veja na língua um amontoado de regras, mas um recurso bastante rico em seu sucesso profissional e pessoal.”

Depoimento da Professora: Andréa Soares Moreira

O Programa Gestar II busca a melhoria do ensino através do aperfeiçoamento da prática escolar qualificando os professores e buscando soluções para as dificuldades encontradas. Para alcançar tal objetivo trabalha a partir de projetos, em que detectamos o problema que buscaremos através de estudos e referências às possíveis soluções.


O projeto que pretendemos trabalhar será a produção de um jornal, visando desenvolver a leitura e a escrita dos alunos, pois temos um nível de leitura escrita bem abaixo do esperado. O primeiro passo será apresentar a estrutura do jornal, quais as intenções dos variados gêneros textuais, depois faremos uma visita à Inter TV Cabugi, ao jornal Diário de Natal, para que os alunos acompanhem de perto o trabalho dos profissionais envolvidos e a impressão do material (jornal), em seguida daremos início a nossa produção do jornal, focalizando sempre a importância da pesquisa e da boa escrita na produção de textos interessantes que chamem a atenção do leitor.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Continuação do TP5

Na unidade anterior, desenvolvemos reflexão a respeito de como a adequação entre texto e a situação sócio-comunicativa permite interpretá-lo como coerente, ou não, de acordo com o conhecimento que temos do assunto, dos interlocutores e dos propósitos comunicativos. Agora vamos analisar os procedimentos lingüísticos que permitem produzir um texto coerente.

A coesão textual tem a função de ligar os termos (palavras) com as ideias, tornando-se responsável pela a articulação dos sentidos de cada parte de um texto ao sentido do todo, podemos dizer que os mecanismos de coesão lingüística transformam ideias e palavras em texto.
Outro aspecto relevante para a coerência textual são as relações lógicas que orientam a leitura e interpretação do texto, essas relações ressaltam a coerência e a coesão como mecanismos essenciais para a interpretação textual.

Os professores cursistas disseram que a unidade 20 do TP5 foi interessante trabalhar, pois engloba uma série de dificuldades encontradas ao trabalhar a produção e interpretação textual, porém ao identificar as relações lógicas de temporalidade e de identidade, como também significados implícitos na leitura, o alunado conseguiu desenvolver “um olhar” mais crítico perante as diversas situações textuais. Para trabalhar as unidades os cursistas escolheram a atividade 22 da página 224, os alunos teriam várias informações, porém precisavam fazer as relações lógicas entre elas, enfatizando a coerência e a importância dos elementos coesivos para uma interpretação mais precisa, objetiva. Também foram enfatizados os significados construídos implicitamente, por isso devem ser compatíveis com os significados do todo e da textualidade. Outra atividade desenvolvida pelos cursistas em sala foi da página 218, são piadas que circulam na internet, atribuídas ao livro – Desordem no Tribunal – em que os alunos analisavam as relações lógicas que estavam sendo desrespeitadas para provocar humor. Os alunos gostaram e pesquisaram mais piadas na internet, pois, além de provocar humor, desenvolve o nosso conhecimento de mundo.

Discussão do TP5

A leitura e discussão das unidades 17 e 18 do TP5 proporcionou desenvolvermos reflexões a respeito de como a adequação entre o texto e a situação sócio-comunicativa permite interpretá-lo como coerente, ou não, de acordo com o conhecimento que temos do assunto, dos interlocutores e dos propósitos comunicativos.

Estudamos e relembramos outro aspecto bastante importante na produção textual, o estilo, em um ato de fala, o falante tem a sua disposição o material organizado, isto é, a língua e sua própria expressão, ou seja, a linguagem. A língua não é uma criação individual, subjetiva, mas, a linguagem permite um grau de liberdade que se manifesta no estilo, no idioleto, isto é, na língua que cada indivíduo, tem um conjunto de marcas textuais que constitui sua fala.

Portanto, as unidades serão fundamentais para a execução do nosso projeto, a produção do jornal, pois tanto a coerência, quanto o estilo, serão trabalhados pelos alunos na produção de textos, o que só aumenta a responsabilidade de nós professores ao trabalharmos tais assuntos, mostrando que, ao produzir um texto, é preciso ser coerente no encadeamento das ideias, para não haver confusão na interpretação de modo que o texto seja claro e objetivo naquilo que pretende atingir. Já com relação ao estilo todos têm o seu como marca pessoa, como resultante do cruzamento dos vários dialetos (etário, regional, profissional, de gênero, social), porém, ao produzir um texto é preciso tomar cuidado ao dar expressividade ao mesmo, seja no campo sonoro, da palavra, frase ou enunciação, pois podemos estar transgredindo normas gramaticais ou dificultando a compreensão textual, então o que seria um recurso de estilo pode tornar-se um defeito estilístico.

Finalização do TP4

A leitura e reflexão das unidades 15 e 16 do TP4 ofereceu oportunidade de realizar e refletir sobre procedimentos adequados para ajudar nossos alunos a desenvolverem habilidades de leituras, através da formulação adequada de perguntas e das respostas obtidas, da análise de estrutura do texto, como conhecimento importante para a compreensão global do texto. Na verdade, seja qual for a forma de entender a leitura, não podemos deixar de considerar que ela é sempre um meio. O ato da leitura trás em si algo a descobrir, pois, quando lemos estamos sempre a procura de uma forma de nos entendermos e de nos situarmos no mundo – do universo familiar ao mais amplo.

Outro objetivo a atingir nesta unidade, é com relação a escrita, suas crenças, teorias e fazeres. É preciso refletir sobre a comunicação escrita, como se desenvolve e como podemos ensiná-la de forma diferenciada, isto é, a partir de um trabalho processual. A leitura nos dá suporte para aplicar atividades que evite descompassos entre os textos que nossos alunes escrevem na escola e as suas vidas cotidianas, a fim de evitar qualquer forma de exclusão dos nossos alunos de se comunicarem.

Trabalhar a partir do processo de produção textual é uma maneira de sair da passividade no ensino da escrita, quebrando os ciclos de dificuldades que temos vivido, e motivar nossos alunos a desenvolverem a escrita comunicativa. Outro aspecto bastante discutido entre o grupo foi o fato da boa escrita seja, da produção de um bom texto, ser ou não ser um dom, o grupo chegou a conclusão que trata-se mais de uma questão de habilidades, algumas pessoas têm facilidade para escrever, outras para falar, enfim, cabe à escola criar estratégias para sanar qualquer que seja as dificuldades encontradas. Portanto, são as circunstâncias de vida que geram motivações para que alguém goste de escrever e até se torne um escritor(a), circunstâncias estas que a escola está incluída, e tem como objetivo descobrir o que atrai os alunos com relação a determinadas leituras, o que eles gostam de ler, o que instiga a curiosidade. Só assim o trabalho do professor torna-se significativo e mais prazeroso.

Comentário da Professora Mércia Fontoura: “os alunos do 7º ano trabalharam com o gênero textual notícia. Inicialmente os alunos tiveram acesso a diversos tipos de jornais. Em seguida mostrei-lhes como se produz uma manchete. Apresentei-lhes as partes que compõe uma notícia, com a ajuda de um texto – Dezenas de Baleias são encontradas mortas no litoral da Tasmânia – os alunos identificaram cada parte da notícia. Logo em seguida, solicitei-lhes que produzissem uma notícia a respeito de um acontecimento ocorrido na semana comemorativa ao dia da Pátria. A classe optou em redigir um fato trágico ocorrido com a aluna Janaina Batista, atropelada ao retornar do desfile. O resultado de cada texto dos alunos comprova a compreensão do lead como fornecedor das principais informações da notícia, que tem a função de despertar a atenção do leitor para o texto. Os alunos também trabalharam o gênero artigo de opinião, relacionei a diferença entre o artigo de opinião e a notícia. Posteriormente apresentei-lhes o seguinte texto: Mar de desperdício, e fui apresentando às partes que compõem um artigo: título, olho, introdução, corpo, conclusão. Com os conhecimentos adquiridos em aulas anteriores sobre argumentos e contra-argumentos, os alunos não demonstraram dificuldades na produção e compreensão do gênero.